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Relatório TP-2 oficina 04

Relatório do TP-2 oficina 04

Formadora: Seane Oliveira Xavier

Disciplina: Língua Portuguesa

Pólo Cidade Nova

Data: 10/09/2010

No dia 10 de setembro de 2010, realizamos a oficina de número quatro, do TP2 (Análise Linguística e Análise Literária), as duas últimas unidades (7 e 8) na sala da UaB (Universidade Aberta do Brasil) – SEMED. Iniciamos às oito horas e trinta minutos da manhã, com as boas vindas aos cursistas.

Em seguida entreguei a pauta e o texto de abertura – uma entrevista com a professora e primeira autora de gramática no Brasil, concedida à revista Língua Portuguesa do mês de abril de 2010 e pública na revista Educação edição especial do mês de maio de 2010. No período da manhã tivemos a participação de 25 cursistas e 17 no período da tarde (professores e alguns coordenadores) das escolas: Prof°. Darcy Ribeiro, Irmã Theodora, Acy Barros, Dr. Geraldo Mendes de Castro Veloso, Raimundo José de Sousa, Heloisa de Souza Castro, Josineide da Silva Tavares, Deuzuita Melo de Albuquerque e São Francisco. Os cursistas (professores e coordenadores) das escolas Acy Barros, Anísio Teixeira, Dr. Geraldo Mendes de Castro e Paulo Freire não compareceram e nem justificaram suas faltas.

Fizemos a leitura da pauta, após a leitura perguntei aos cursistas se lembravam dos nossos estudos e discussões do nosso último encontro do TP2 unidades 5 e 6, ficaram calados e um pouco pensativos, então os lembrei dos estudos sobre os três tipos de gramáticas e de ensino (interna e ensino produtivo; descritiva e o ensino reflexivo; normativa e o ensino prescritivo) que estudamos, relembrei algumas atividades das seções que são interessantes e que exemplificam o trabalho com a gramática. Disse a eles que a entrevistas que íamos ler como texto de abertura, discuti alguns pontos da oficina passada e que iríamos retomar algumas discussões e darmos continuidade aos nossos estudos.

Então passamos à leitura do texto, pedi aos cursistas que durante a leitura silenciosa destacassem partes que julgassem importantes. Após a leitura abri para as discussões, um dos pontos mais destacados pelos cursistas foi à questão de se trabalhar com nomenclaturas, que esse tipo de ensino é cansativo e não é produtivo. Outros destacaram a questão de não trabalhar com receitas como diz a professora Maria Helena “O professor não deve trazer coisas prontas. Deve fazer o aluno observar a funcionalidade das escolhas feitas.” Neste momento reforcei a importância do ensino produtivo e o reflexivo que discutimos no encontro passado. Acrescentaram ainda que nós professores temos que valorizar o conhecimento de mundo do nosso aluno, e que o ensino deve parti deste conhecimento para que aos poucos se amplie.

Encerrando esta etapa, começamos as atividades das duas últimas unidades do TP2 – unidade 7 - A arte: formas e função e unidades 8 - Linguagem figurada. Dividimos a turma em grupos para estudo através de sorteio, cada grupo ficou com uma seção. Após o estudo e discussões passamos para a socialização.

Nas apresentações dos grupos muitos destacaram as dificuldades que as escolas do município de Marabá têm de trabalhar com a Arte, devido à falta de material e de profissionais formados na área, destacaram também a dificuldade que os estudiosos têm de conceituar a Arte devido a sua ligação com a cultura dos indivíduos e as constantes mudanças na sociedade. Falaram que o TP aborda sobre algumas expressões artísticas (arquiteturas, pinturas, esculturas...) que estes tipos de Arte estão presentes no nosso cotidiano e que muitas vezes não as consideramos como Arte ou não damos a devida atenção.

Foi discutido também pelos grupos sobre as músicas que sofrem preconceitos por, às vezes, pertencerem a grupos menos privilegiados da sociedade e que os professores têm dificuldade de trabalhar com músicas, porque os alunos só valorizam os gêneros musicais do grupo que pertencem.

Os grupos também discutiram sobre as características da Arte (fantasia, conotação), a linguagem figurada e discutimos sobre as figuras de linguagens (comparação, metáfora, metonímia, personificação, hipérbole, antítese, ironia, aliteração, onomatopéia e pleonasmo.) e que muitas dessas estão no nosso dia-a-dia e que podemos trabalhar com nossos alunos usando exemplos da própria linguagem deles.

Finalizamos a parte da manhã com um slides de fotos de alguns lugares visitados pela equipe de formação do Gestar II de língua portuguesa (Cleuzeni, Edvaldo e eu) que trabalham com Arte na cidade de Marabá como: o GAM, a biblioteca municipal e a galeria de Artes Vitoria Barros, informei aos cursistas que neste lugares sempre tem exposição de artistas paraenses. Nestes slides também mostramos fotos de alguns prédios e igrejas católicas de Marabá que têm uma arquitetura interessante e que podemos trabalhar suas formas geométricas, histórias de construção e o estilo de determinada época.

Antes de dispensá-los para o almoço falei que tínhamos duas datas para repormos as duas formações que não aconteceram, a do mês de junho devido à greve, e a de agosto devido à decisão da SEMED (Secretária de Educação de Marabá) em remover os nove formadores que estavam em greve para as escolas. Após o esclarecimento perguntei se as datas de quatro e cinco de novembro estavam boas e se não tinha nenhum problema para as escolas. Somente a escola Heloisa de Sousa Castro que tem uma programação com os professores de língua portuguesa para estas datas. Os professores das outras escolas acharam a data perfeita por ser no início do mês, e não atrapalha as atividades de fim de ano da escola que são muitas, principalmente fechamento de notas. Assim pedi para as professoras da escola Heloisa verificar junto a direção à possibilidade de mudarem a data da atividade e de me informar.

No período da tarde, iniciamos às quatorze horas e trinta minutos com a apresentação do slides “fotos incríveis” (tiradas da internet) que mostra diversas paisagens de cidades e países, e que podemos também realizar atividades de Arte a partir delas.

Em seguida passei para a segunda parte da oficina “O relato de experiência”, que não foi possível realizar, pois os professores alegaram que devido à greve do mês de junho não tiveram como aplicar as atividades, pois alguns tiveram que fechar notas do segundo bimestre e outras atividades extras da escola. No período da tarde também tivemos um número bem reduzido de cursistas, apenas dezessete compareceram e destes, cinco eram coordenadores.

Às quinze horas passamos para a terceira parte da oficina li junto com eles as orientações na pauta e no TP nas páginas 154 e155. A primeira parte da atividade consistia na interpretação de uma charge de Quino e a segunda consistia na produção de um texto, bilhete ou cartão. Formamos quatro grupos e iniciamos as atividades.

Às quinze horas e quarenta minutos passamos para a socialização das atividades. Na primeira parte, interpretação da charge, não houve divergência entre os grupos, apenas um grupo acrescentou dizendo que além da ironia e da metáfora, acham que existe mais duas figuras de linguagem na charge, antítese, pois há uma contradição entre a teoria e prática na ação do patrão, pois na análise do grupo o patrão está colocando o livro de volta na estante, supondo que ele já teria lido o livro de Marx, disseram ainda que os dois personagens representam na sociedade o pobre e o rico; empregado e patrão. E a outra figura seria a hipérbole, de acordo com o grupo existe um exagero por parte do patrão de colocar o empregado no lugar de uma escada.

Depois passamos para apresentação das produções de textos, todos os grupos produziram o gênero bilhete.

Textos produzidos pelos grupos:

Caro senhor Borges,

Gostaria que soubesse que eu me senti muito lisonjeado ontem, quando o senhor subiu em minhas costas para pegar um livro. Além do mais, estou de cama e não irei trabalhar hoje.

Agradeço a sua bondade, pois o senhor é um patrão excelente.

Jaques

Senhor Carlão do Real....

Venho através desti bieti, recramar sobre suas atitudi.

Percurei um adevogado i ele mi disse que o senhor ta mi ixprorano muito, quereno

mi fazer di iscada, mermo sabeno que carrego treis preda no rim, fazeno eu trabaiá além do cumbinado.

Fiqui sabeno, que vou percurar meus direito.

Até mais vê,

Bernabé.

Sr. Mauvino, vejo que seu cérebro é limitado demais para absorver idéias tão revolucionarias, como as de Marx.

É lamentável que pessoas tão cultas como o sr, ainda pratiquem ações tão retrógradas.

Janete

Maria

Apoliana

Fátima.

Senhor Carlos Antônio, fiquei tão impressionada quando presenciei sua atitude com seu empregado, e logo imaginei nossa! Quanta “inteligência” os livros lhe deram, hein?!

Sua amiga!!!!

Abraço.

Depois da socialização, às dezesseis horas e trinta minutos, passamos para avaliação oral. A professora Janete, da escola Darcy Ribeiro, em sua avaliação disse que o conteúdo sobre arte nestas duas últimas unidades do TP 2 ficou a desejar, pois o conteúdo trabalhado não fala nada sobre o Teatro e que o conteúdo sobre Arte poderia ser mais aprofundado, principalmente sobre a função da arte. A professora fala também das atividades do programa que sempre orienta muito bem o trabalho do professor tornando-o mais significativo, e quem tem aplicado as atividades percebe que elas ajudam os alunos a olhar, analisar e a observar as questões de nossa língua. Ela finaliza dizendo que gostou muito dos slides que mostram fotos de alguns espaços aqui de Marabá que tem exposição de Arte, e que é muito bom os professores conhecer.

A professora Maria do Livramento, da escola Darcy Ribeiro, diz que gosta muito das atividades em grupo das oficinas, pois elas possibilitam o diálogo, as trocas de ideias, busca o conhecimento do grupo. A professora faz uma observação quanto ao espaço da formação, que este não é adequado, pois dificulta o trabalho dos grupos no momento das produções escritas em cartazes, já que o espaço não dispõe de mesas.

As professoras Cristiane, da escola Artur Guerra; Ivaneide e Nilva, da escola São Francisco; fizeram a avaliação por escrito e disseram que a oficina está sendo muito bem aproveitada, pois sempre estamos tratando de assuntos relevantes em sala de aula de forma lúdica.

A socialização entre os grupos é importante, pois através dela podemos criar novas ideias ou aproveitar algumas atividades desenvolvidas pelos colegas.

O ponto negativo da oficina é o lanche, que é ruim. Assim pensamos: onde está a valorização do professor?

Encerramos a nossa formação às dezesseis horas e quarenta minutos, com a leitura do texto da professora Cleiry Carvalho “Antônio sempre presente” em memória do professor Antônio e professora Claudinéia cursistas do Gestar II.

Marabá, 10 de setembro de 2010

Formadora: Seane Oliveira Xavier

Gestar II – Língua Portuguesa

2 comentários:

Coisas miúdas ou graúdas disse...

Seane, seu relatório me provoca algumas reações.

A valorização do professor está naquilo que o professor faz para ter o seu valor.

Como já disse, mais de mil vezes, enquanto os professores não se unirem (e não apenas em Marabá mas em todo o Brasil) não haverá melhora nem na sua aparência, nem no seu bolso. Os professores possuem uma cara de cansados (falo dos professores que trabalham, não dos que "matam aula dentro da sala de aula"), um olhar triste e uma falta de expectativa que dói.

O valor dos professores? esse valor não é representado pela oferta de um lanche, o ato de colocar papel higiênico nos banheiros, uma sala de estudo adequada e não com cara de depósito (tudo isso é falta de educação daqueles que permitem tais situações)... o valor do professor está naquilo que ele faz, nas suas ações. SE o professor fica esperando que tudo caia do céu, talvez o próximo ato seja esperar que Deus mande Maná aos que estão na terra e dão aula.

Cara professora e amiga, como publiquei no meu blog (http://gestariimaraba.blogspot.com/): "se os bois se unem: de nada lhes servirá o laço".

Só seremos valorizados pelo que somos quando soubermos quem somos... enquanto a maioria ficar esperando o Maná cair do céu, os governantes governam, os bois pastam, os cachorros ladram, e o salário do professor e a oportunidade de "reciclagem cultural e formativa" continua sendo um esforço individual e da minoria.

Grande abraço a você, que faz parte dessa minoria que trabalha e luta por melhorias na educação e na vida.

Coisas miúdas ou graúdas disse...

Ei? Esse blog está inutilizado?

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