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FOTOS DA OFIINA Nº 06 TP-3




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Relatório da oficina nº 6 do TP3

Disciplina: Língua Portuguesa

Formadora: Seane Oliveira Xavier

Polo: Cidade Nova

Data: 29 de setembro de 2009.

No dia 29 de setembro de 2009, na sala da UAB (Universidade Aberta do Brasil) – SEMED- iniciamos a oficina número 6 do TP3 de Língua Portuguesa às 8 horas e 30 minutos, com a participação de 29 professores.

Iniciamos com a leitura da pauta, cada participante recebeu uma cópia na entrada, em seguida escrevi no quadro algumas informes sobre a avaliação diagnóstica de entrada do Gestar II:

· As avaliações das 8ª séries (português e matemática) serão entregues e aplicadas nos dias 01 e 02 de outubro;

· As provas deverão ser aplicadas pelo professor, na falta deste, poderá ser aplicada pelo coordenador ou diretor da escola;

· Cada professor receberá uma ficha de correção elaborada pela Secretaria de Educação para ajudar na avaliação das turmas;

· As fichas com os resultados das 8ª séries deverão ser entregues na Secretária de Educação para a professora Hila Zoé, para uma avaliação destas turmas que farão a Prova Brasil em novembro de 2009 ;

· As avaliações de 5ª, 6ª e 7ª séries serão entregues até o dia 13 de outubro nas escolas;

· A equipe de Língua Portuguesa está elaborando uma ficha de correção para entregar a cada professor.

Após estas informações reforcei aos professores que esta avaliação diagnóstica é um instrumento para o professor avaliar a sua turma, verificar as dificuldades de aprendizado da turma, planejar ações pedagógicas que ajude elevar o nível da turma.

Em seguida realizei com eles uma dinâmica chamada “entrevista Musical”, cada cursista recebeu uma cópia com perguntas e respostas, eu fazia as perguntas e eles respondiam cantando, este momento foi de descontração. Depois passamos para a socialização das unidades 11 e 12 do TP3.

Novamente os professores disseram que não lerão tudo por falta de TEMPO, que conseguiram fazer algumas atividades da unidade 11 ou só deram um lida, mas não deu para responder quase nada. Como não leram, não pontuaram nada no TP, não fizeram nenhuma crítica quanto ao material, então mostrei para eles alguns slides que resumia partes importantes do TP3: sequências tipológicas descrição, narração, injuntivo, preditivo e dissertativo/ gêneros textuais e sequências tipológicas

Logo após apresentação dos slides mostrei alguns EQUÍVOCOS da autora do TP: na página 108 ela classifica o domínio jornalístico de gênero, e de acordo com Marchusk, jornalístico é um domínio; outro equivoco é quando a autora do TP Chama o folhetim também de gênero, e sabemos que o folhetim desde sua origem não é um gênero, mas que porta sim vários gêneros.

ERROS GRÁFICOS página 99 e 100 sublinhar dois parágrafos do texto que não foram destacadas; página 149 no quadro do importante a palavra prescritivo em vez de preditivo; página 150 no avançando na prática ficou faltando a figura para ser analisada; na página 153 a data que constam no corpo texto não bate com a data do inicio da carta.

Falei também dos textos do TP que trabalha o tipo dissertativo na seção 3, são textos muito fracos, poderia ser trabalhado um texto jornalístico, por exemplo, um artigo de opinião que teria muitos argumentos a serem observados, e o exemplo ficaria mais claro; na página 156 em que se discuti sobre o gênero crônica neste TP não dá para trabalhar as características da crônica, o texto dado como exemplo é apenas um fragmento, dessa forma não tem como observar características do gênero, precisa ser complementado. Depois das observações, disse aos cursistas que nos próximos encontros iremos discutir mais sobre as características de alguns gêneros com material complementar.

Ao final da exposição falei novamente da importância a leitura do TP até mesmo para aplicação do avançado na prática, pois as atividades e as teorias discutidas no TP ajudam na compreensão das atividades com os alunos.

Após a exposição das duas unidades, passamos aos relatos das experiências, a professora Mônica relatou que fez o avançando na prática da página 109 que trabalha a descrição de um objeto. Primeiro a professora preparou a sala, colocou as cadeiras em círculos e arrumou a mesa colocando vários objetos em cima dela, em seguida pediu para os alunos descreverem oralmente alguns dos objetos expostos ali. Depois dessa atividade ela pediu que eles escolhessem um objeto de sua estima e descrevessem e só no final do texto revelasse o nome do objeto. Os seus alunos foram além, no final do texto eles desenharam o objeto. Após a produção apresentaram para toda a turma.

A professora Jessica trabalhou primeiro um texto que descreviam alguns objetos, depois trabalhou o mesmo avançando na prática da página 109, os alunos gostaram muito principalmente pela competição entre os grupos que fez com que todos participassem. Ela também fez uma produção de texto no final da atividade e poucos resistiram na hora de escrever.

A professora Maria Luisa também trabalhou o avançando na prática da descrição, ela nos contou que nas primeiras descrições os alunos não detalhavam muito, então ela parou um pouco e pediu para eles observarem como ela descrevia, e acrescentou que cada grupo que acertasse ganharia ponto, ela percebeu que eles começaram a dificultar a descrição do objeto, foram mais cautelosos em suas descrições na intenção de fazer o outro grupo errar. Ela no final pediu também uma produção de texto. Neste momento a professora Edina disse que teve este mesmo problema na sala dela, e que também fez suas intervenções e que deu certo.

Em todas as apresentações observei que os professores relataram o interesse dos alunos na parte da competição entre os alunos, pois alguns acharam que era apenas uma brincadeira, mas o interessante é que em todas as turmas teve uma participação de 100% dos alunos, os professores relataram que as maiores dificuldades que tiveram foi na produção dos textos, pois alguns alunos ainda têm certa resistência na hora de colocar no papel suas idéias.

Depois dos relatos dos professores cobrei deles os relatórios, alguns disseram que só faltava digitar, outros que não haviam terminado, aproveitei o momento para mostrar a eles um slide com algumas orientações para a elaboração dos relatórios, e que parte dessas orientações estavam no próprio TP na página 191. Depois estipulei outras datas para a entrega dos dois relatórios, ficando até o dia 09 de outubro para a entrega do primeiro, e o dia 16 de outubro para a entrega do segundo relatório.

Na parte da tarde iniciamos com a análise do texto de Jô Soares, “Composição: O salário mínimo” (páginas 195 e 196), a turma foi dividida em cinco grupos, em que três dos grupos iria enumerar argumentos para que o texto fosse considerado um exercício de redação escolar, e os outros dois grupos enumerar argumentos que mostrasse que não se trata de um exercício escolar. Assim veja abaixo a síntese dos grupos:

Grupo 1: Marciano Vidal Monteiro; Maria de Fátima Cutrim Dutra; Maria Luísa Lacerda Braga; Rosicley Araújo; Patrícia Luz pinto.

A crônica de Jô Soares nos revela a predominância do gênero textual argumentativo, uma vez que ao mesmo tempo em que ele argumenta, também expõe. Com isso, conseguiu transformar a repetição de palavras, causando a musicalidade poética através da conjunção (que) ligando palavras.

As seqüências tipológicas localizadas entre o grupo foram: A estrutura frasal que o texto emprega, entre elas destacamos a presença marcante do verbo de ligação (ser/estar..) adjetivos, pronomes, conjunções e preposições.

A linguagem simples e coloquial nos remete idéia que trata-se de uma redação de um aluno de 5ª série.

Grupo 2: Tânia Mara R. L. Moraes; Ione Moreira Lemos; Helcineide Nunes Ferreira; Maria de Jesus A. do Nascimento; Cristiane Santos Soares.

ARGUMENTOS:

1- A palavra “composição” em vez de redação;

2- Foi escrito por uma criança em idade escolar: “Espero que a professora me dê uma boa nota”.;

3- Correção dos erros nas palavras sem passar a limpo. Exemplo no 4º parágrafo “não tem dinheiro.” no 6º parágrafo “Eu não sabia”;

4- Texto narrativo- dissertativo porque dá sua opinião sobre o assunto: salário mínimo;

5- Refere-se às pessoas que o cercam: meu pai, meu avô, minha mãe;

6- Elementos que mostram que o texto foi escrito por criança: a) sala de aula/professora, b) família- pais/avós;

7- Como abordou o assunto (como adquiriu informações sobre o assunto): A) através do contato com a TV, B) através da realidade existente em sua vida familiar;

8- O texto possui estrutura de uma crônica por se tratar de assuntos do cotidiano, porém escrito em forma de Redação escolar;

Grupo 3: Rosinete; Arlete; Sônia.

O grupo observou no texto “Composição: Salário mínimo”, que há a predominância do uso de uma linguagem informal, com muitas marcas da oralidade tendo como referência laços familiares presentes ao longo do texto, observado – “Meu pai diz que o salário mínimo...” “meu avô é aposentado...” “Ouvi dizer que o salário não aumenta por causa dele...”

A linguagem do texto com marcas de correção ortográfica, que nos remete a pensar que o texto foi corrigido por alguém, observado no 4º parágrafo 4ª linha, 8º parágrafo 2ª linha. No texto estas marcas aparecem bem fortes para causar essa impressão de correção.

No terceiro parágrafo e no penúltimo o autor coloca situações que indicam que realmente é uma redação escolar porque cita professora e nota na redação produzida pelo aluno. “... meu pai quase quebrou...” “...a professora me deixou de castigo...” “... espero que a professora...”.

Grupo 4: Evaldo Sousa Barrreto; Janete Moraes Lopes; Maria do Livramento Pereira.

Devido à estrutura textual: organização dos parágrafos, terem sido manuscrito e apresentar correções, a linguagem simples, informal e fazendo referências à família, várias marcas da oralidade e o uso de diminutivos, sugerem ser uma criança e ainda por o aluno referir-se a professora, no penúltimo parágrafo do texto, sinalizando que a produção do texto seria para a obtenção de notas.

Grupo 5 : Edina; Walkyria; Olinda; Apoliana; Lucimar.

Não é um exercício escolar, pois:

1- O autor se apropria de uma redação para construir outro gênero que é a crônica;

2- O autor usa o discurso infantil para reforçar a tese que é a crítica ao salário mínimo;

3- Seqüência tipológica predomina a dissertação argumentativa, pois defende uma tese.

4- Os erros ortográficos são propositais, pois são para provar que o gênero é redação.

Após a apresentação dos grupos fiz uma observação ao primeiro grupo que falou da conjunção “que”, segundo análise do grupo este conjunção causava musicalidade no texto, então falei que na verdade era um recurso usado muito na oralidade, e que esta repetição é usada na maioria das vezes por crianças quando estão contando algo, não teria neste caso uma musicalidade e sim uma marca da oralidade, o quarto grupo concordou comigo.

Gostei muito das colocações dos grupos, no momento da socialização, eles colocaram outros argumentos que não expuseram em suas sínteses, como por exemplo, que o próprio autor do texto já determinava o gênero do texto, Jô soares que é muito conhecido como apresentador de um programa na rede Globo, e é também um escritor de várias crônicas, e que o próprio suporte ajuda a definir o gênero.

Falaram que o autor usou até a folha de caderno para dar idéia de uma redação escolar, e a própria linguagem simples que demonstra certa ingenuidade de quem escreve (o que é cesta básica; um livro chamado Constituição; eu não sabia que meu avô era tão importante...) levando o leitor a crer que este texto foi produzido por uma criança.

Foi falado também das críticas feitas neste texto sobre o salário, a própria instituição escolar, as leis que não são cumpridas, a situação do idoso em nossa sociedade. E que as idéias discutidas no texto foram bem articuladas, comprovando que o texto foi construído por um adulto com muitas de leituras e que conhece bem as questões políticas e sociais do país.

Quanto às seqüências tipológicas os grupos afirmaram que a predominância foi do tipo dissertativo argumentativo.

Avaliação dos cursistas foi feita por escrito, por cada grupo, são as seguintes:

O curso foi de fundamental importância para nossa formação continuada, pois por meio de uma relação dinâmica e participativa compartilhamos diversos saberes relevantes a nossa prática docente em sala de aula.

O Programa gestão da Aprendizagem Escolar (GESTAR II) está muito bem estruturado no que concerne o ensino aprendizagem, já que nos momentos de estudo abordamos os termos técnicos diante dos assuntos trabalhados, assim como preparar reflexões, discussões e atividades que serão desenvolvidas com os TP’s. E que estas TP’s possibilitem no corpo docente um trabalho significativo, prazeroso e estimulante para nós professores.

Diante dessas citações quanto ao GESTAR II podemos concluir que a aula foi bastante produtiva.

Pontos positivos: O tema discutido foi relevante para a formação dos professores presentes, pois nos ajudará no desenvolvimento de muitas atividades que desenvolveremos em sala. Os grupos que participam das discussões mostraram-se envolvidos no tema ao ponto de identificar claramente os elementos necessários do texto trabalhado.

Pontos negativos: Gostaríamos que o local das próximas reuniões ficasse garantido, pois merecemos um espaço adequado, do contrário ficaremos desmotivados a participar das próximas formações.

A oficina foi proveitosa porque além de rever, ou melhor, recapitular o estudo individual (tarefa de casa), proporcionou a discussão entre a formadora e os cursistas sobre a tipologia dos textos (unidade 11 e 12). Além disso, trocamos experiências relacionadas ao “avançando na prática” com nossos colegas e analisamos as seqüências tipológicas no texto: “O salário mínimo” (Crônica de Jô Soares).

O tempo usado na oficina foi adequado na realização das atividades propostas. Gostamos do local, por oferecer um ambiente agradável: refrigerado e espaçoso.

Para nós a oficina está contemplando os objetivos propostos.

Gostaríamos apenas que o local continuasse sendo mesmo aqui na UAB, e que o lanche fosse melhor, pois o professor precisa ser valorizado até mesmo nas oficinas. E que o horário da saída fosse sempre por volta das 17:00h e não às 18:00h devido ao trânsito e professores que dão aulas à noite.

Depois das avaliações pedi para lerem os encaminhamentos para próxima oficina que está na pauta. Agradeci a presença de todos e finalizamos com uma mensagem “o Gladiador”.

Marabá, 05 de outubro de 2009

Formadora: Seane Oliveira Xavier

Gestar II – Língua Portuguesa

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