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FOTOS DA OFICINA 7 TP-4


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Relatório do TP-4 oficina 07
Formadora: Seane Oliveira Xavier
Disciplina: Língua Portuguesa
Pólo Cidade Nova
Data: 29/10/2009

Dando continuidade as nossas oficinas, realizamos no dia 29 de outubro de 2009 a oficina 07 do TP-4 (Leitura e Processos de Escrita I), na sala da UAB (Universidade Aberta do Brasil) às oito horas e trinta minutos. No período da manhã teve a participação de 28 cursistas no período da tarde 29.
Iniciei com a entrega e leitura da pauta e em seguida perguntei à turma se haviam lido as duas primeiras unidades (13 e 14) do TP- 4, apenas cinco levantaram as mãos dizendo que realizaram a leitura das duas unidades, o restante leu apenas a primeira, outros disseram que leram partes das duas unidades e dois não leram nada. Contudo, as discussões foram satisfatórias, pois o assunto debatido sobre letramento, às práticas de leitura e interpretação de texto é algo bem familiar aos professores e que eles tem muito a compartilhar.
Começamos com alguns questionamentos apresentados em slides, primeiro sobre o que eles compreendiam de Letramento, pedi que em dupla discutissem e escrevessem em uma folha, depois eles fariam a leitura para a turma e em seguida colocaríamos no mural. Gostei das compreensões das duplas, pois elas conseguiram dizer em poucas palavras o que entendiam de letramento, veja abaixo:
“É todo contato que o indivíduo venha a ter com a leitura e a escrita, mesmo que ele não seja alfabetizado, e esse contato pode se dar tanto no processo de escolarização quanto as suas experiências exteriores a escola.”
“É tudo o que a sociedade produz de forma escrita utilizando a linguagem verbal e não-verbal e que o homem é capaz de compreender sendo alfabetizado ou não.”
“Quando sistematizamos linguisticamente situações sociais e particulares, fundamentalizada na inserção prática da leitura aliada à escrita, isto é, descrever uma visão da sociedade, pautada em discursos.”
“São os usos e práticas sociais da leitura escrita e imagens com funções e intenções diversas.”
“Letramentos são as habilidades de leituras e escrita utilizadas pelos sujeitos, os usos e funções dessa habilidade como prática social. O letramento não está ligado diretamente à escolarização.”
“Eu entendo que letramento é toda e qualquer forma de escrita que o individuo usa para estabelecer comunicação.”
“É a prática das vivências sociais, utilizando-se a leitura e a escrita. É a vivência ou experiências cotidianas com os textos.”
“É a capacidade de ler e compreender o mundo e entender a função social da leitura e da escrita.”
“E a forma como a escrita e leitura e usada pelo individuo para conviver em sociedade.”
“Letramento é o nível de aprendizagem pelo qual o indivíduo deve passar para poder saber conviver em sociedade. Não é só saber ler ou escrever, mas compreender, interpretar e criar opiniões.”
“Entendemos por letramento a capacidade que a pessoa tem de ler e compreender o que está lendo, bem como saber a função de cada texto, sabendo comunicar-se e expressar-se dependendo do meio social.”
Depois da montagem do mural e das colocações das duplas, passei um vídeo do “Matuto no cinema” de Jessier Quirino, para discutirmos letramento, perguntei a eles se o personagem Matuto era letrado? Disseram que sim. Porque o Matuto tinha contato com o meio letrado - a cidade - que apesar dele ser um analfabeto, consegue fazer uma leitura da situação em que está inserido, já que narra os fatos numa seqüência lógica, faz comparações, faz uma leitura e interpreta o que vê, consegue dar significado as cenas. Encerramos essa discussão com slides contendo a definição de letramentos de acordo com duas autoras: Magda Soares, livro “Letramento um tema em três gêneros”; Leda Verdiani Tfouni, “Letramento e Alfabetização” e a definição do próprio TP. Ainda sobre o tema em discussão citei alguns filmes como: “O Leitor” e “Narradores de Javé”, o professor Aurismar sugeriu o filme “A glória de meu pai”, pedi a eles que assistissem alguns desses para discutirmos na próxima formação.
Passamos a outros questionamentos como: O que entendemos por diversidade cultural? O que é cultura? O que é representativo da nossa cultura local? O que é cultura material e imaterial? Qual a relação entre as práticas de letramento e as práticas de cultura local?
Neste momento todos participaram das discussões que foram feitas, no geral, falaram que cultura é tudo que representa uma coletividade, como os valores, as formas de pensamentos, tudo que representa os modos de viver de uma comunidade. Foi dito também, que a cultura depende muito de região, de estado e país. Uma professora relatou que numa palestra sobre cultura o palestrante ouviu a definição feita por um índio que “Cultura é tudo que se cultua”.
Quanto ao que representa a nossa cultura local, falamos das comidas, do círio, danças locais, as roupas, músicas, alguns comportamentos como, por exemplo, ouvir som alto. Disseram ainda, que a cultura aqui de Marabá vem de fora, que nós copiamos outras culturas. Falei que isso é normal, devido às varias pessoas que veem de outras regiões e que na convivência, misturam-se formando uma cultura local. Para finalizarmos a discussão, um dos professores acrescentou que essa cultura local deveria ser tema em discussão nos trabalhos e atividades desenvolvidos nas escolas, pois desperta o interesse dos alunos, trabalhar com textos que falem de uma realidade que eles conhecem, torna as leituras e as produções de textos mais interessantes e ajuda ainda na valorização dessa cultura. Paramos para um lanche às dez horas e quinze minutos e retornamos às dez horas e trinta minutos.
Após o intervalo iniciei fazendo a seguinte pergunta: Como vocês foram introduzidos no mundo da leitura? Então alguns relataram suas experiências de leitura, disseram que foram influenciados por irmãos, tios e colegas que viam lendo, e que os ajudaram a serem leitores. E algumas das leituras que realizavam eram de revista como capricho (que eram proibidas para menores de dezoito anos), fotos novelas, histórias em quadrinhos, romances (literatura de massa) como: Julia, Sabrina... Outros relataram que só tiveram contado com a leitura atrás da escola, pois nasceram em famílias de pais analfabetos ou que moravam na zona rural e não tiveram contato com livros.
Em seguida, perguntei o que eles acharam dos relatos de Patativa do Assaré e de Paulo Freire, responderam que estes foram alfabetizados com palavras e textos pertencentes à realidade deles, eram curiosos e observadores, características que foram fundamentais na alfabetização deles. Então perguntei se os nossos alunos são curiosos. Eles responderam que sim, mas quando o aluno chega à escola essa curiosidade parece acabar. Então o que fazer para despertar a curiosidade de nossos alunos? Responderam que levar coisas interessantes para os alunos lerem e verem, coisas que fazem parte da realidade deles, discutir temas como: sexo, internet, moda, filmes e outros que chame atenção e que gere discussão, assuntos que os envolvam e os façam ler e escrever.
Encerrei essa discussão falando que, nós professores descrevemos os nossos alunos como preguiçosos, já que não gostam de ler, não se interessam por atividade nenhuma, porém, são poucas às vezes que paramos para analisarmos as nossas propostas de leituras e atividades para os nossos alunos, refletir sobre a nossa prática é um exercício que nos temos que praticar muito ainda, e o gestar II vem nos ajudar nesse sentido.
Depois dessas discussões li alguns slides com a definição de leitura, de acordo com os seguintes autores: (Marisa Lajolo, 1982); (Koch, 2006); (Dell’isola, 2001); (Geraldi, 2006); (Kleiman, 2007.
Após a discussão sobre leitura, falamos sobre a importância do conhecimento prévio, pontuamos no TP, página 91, falamos sobre o conhecimento de mundo; conhecimento linguísticos; o conhecimento acerca do conteúdo do texto a ser lido; o conhecimento sobre as característica do gênero do texto.
Apresentei slides com algumas charges, para eles analisarem e fazerem interpretação. Depois da análise disseram que para fazerem a interpretação dos textos apresentados, o sujeito precisa conhecer a situacão em que o texto foi produzido, tem que ter outras leituras, conhecer outros textos. Depois dessa atividade de interpretação paramos para o almoço às onze horas e quarenta e cinco minutos.
No período da tarde iniciamos às duas horas e quinze minutos com o seguinte questionamento: Como planejamos nossas atividades de leitura ? Neste momento os professores ficaram um pouco calados e somente duas professores se dispusseram a falar, uma das professoras disse que como ela trabalha com artes e português, às vezes, inicia com uma imagem, pedindo para os alunos falarem sobre a imagem, explorando a percepção de cada um, depois ela passa para a leitura do texto (que tem uma relação com a imagem) faz perguntas orais e escrita. Outra professora disse que faz uma competição de leitura em sala de aula e que nessa atividade os alunos são incentivados a ler, mas não explicou o passo a passo, e disse que o último gênere que trabalhou foi história em quadrinhos.
Depois de um momento de silêncio, um dos coordenadores presente falou que os professores tem dificuldade de relatar suas práticas, porque não têm o hábito de planejar suas aulas, os professores de ensino fundamental de 6º a 9º tem muita resistencia quando se trata de planejamento. Essa parte da oficina senti que os professores tiveram dificuldade em relatar o trabalho deles com a leitura.
Em seguida, passamos a falar sobre alguns dos objetivo de leitura, que o professor ao planejar suas aulas deveria levar em consideração como : A leitura deve atender a objetivos claros e verdadeiros para os sujeitos; O professor deve conhecer os interesses dos alunos para oferecer-lhes experiências e materiais capazes de mobilizá-los; O professor deve ajudar os alunos a ter necessidades de leitura.
Assim, discutimos sobre cada momento de leitura: objetiva, inferencial, avaliativa, foi dado exemplo de alguns textos (informativo, públicitario, charge e um poema) e sugestão de como trablhar estes em sala de aula, levando em consideração os seguintes pontos : momento prévio, preparação para a leitura, a inter-relação com o gênero literário, a leitura do texto literário, mostrei algumas questões que poderiam ser trabalhadas no texto.
Passamos para o relato de experiência e somente os professores da escola irmã Theodora realizaram o avançando na prática, os outros professores falaram que estavam com outras atividades na escolas (feira de ciências, gincanas e outros projetos), que acabaram atrapalhado o desenvolvimento das atividades do Gestar II. A professora Ivonete, da escola Irmã Theodora, realizou junto com outros professores, de outras séries, o avançando na prática da página 41 do TP. Começaram falando da festa religiosa que acontece em algumas cidades do estado no Pará, o Círio de Nazaré. Iniciaram pedindo aos alunos pesquisarem textos (panfletos, folder, jornais, revistas...), que falassem sobre essa festa religiosa. Em sala, os textos foram lidos e discutidos com toda a turma, depois da discussões passaram para a produção de um texto informativo, esse texto foi produzido depois da festa do Círio, que foi realizada no dia 19 de outubro, aqui na cidade de Marabá. Eles tinham que relatar neste texto como é essa festa, e tudo que aconteceu durante a romaria. As produções foram feitas em sala de aula com o acompanhamento do professor, de acordo com a professora a correção ainda está sendo feita.
Falei da entrega dos relatórios que estão atrasados e do último prazo para quem não entregou os relatórios do TP-3.
Em seguida, iniciamos a terceira parte da oficina, formamos 4 grupos para fazer a interpretação e formulação de perguntas de interpretação para turmas de (5ª,6ª,7ªe 8ª), começamos essa atividade a partir das quatro horas da tarde, o tempo para esta parte da oficina ficou curto, já que nos demoramos na primeira parte da oficna, pois surgiram muitas discussões sobre o assunto, e só deu para os grupos lerem o que haviam produzidos, as interferencias que a turma teria que fazer foram poucas, ficou para o próximo encontro retornarmos as avaliações das atividades produzidas pelos grupos, para avaliação da turma.
Neste encontro não deu para fazer a avaliação da oficina por escrito, pedi para falarem rapidamente o que acharam da oficina, e que no último encontro desse ano, nós iremos fazer uma avaliação por escrito do programa. Assim, alguns falaram que gostaram da oficina, pois essa possibilitou uma reflexão dos professores quanto aos trabalhos com os textos na escola, que as discurssões foram esclarecedoras e ajudaram a resolver algumas angústias referente a leitura e produção de textos. E que no momento dos planejamentos nós professores iremos olhar os textos de forma diferente e propormos atividades que façam sentido para o nosso aluno.
Terminamos às cinco horas e quarenta minutos com encaminhamentos para a próxima oficina.



Marabá, 10 de outubro de 2009
Formadora: Seane Oliveira Xavier
Gestar II – Língua Portuguesa 0 comentários


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