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RELATÓRIO DA OFICINA Nº 5 DO TP 3






Relatório da oficina Nº5 doTP3 GESTAR II

Formadora: Seane Oliveira Xavier

Disciplina: Língua Portuguesa

Pólo Cidade Nova

No dia 27 de agosto de 2009, realizamos a 2ª oficina do programa GESTAR II (TP3 oficina 5), na Universidade Estadual do Pará (UEPA) localizada na cidade nova, com a participação de 37 cursistas pela manhã e 38 cursistas no turno da tarde. Começamos a formação com 30 minutos de atraso, pois tive dificuldade de chegar ao local da formação e de montar os equipamentos necessários.

Iniciei entregando a pauta da oficina e perguntei para a turma se eles haviam lido as duas primeiras unidades (9 e 10) do TP3, a maioria, 80% da turma leu algumas partes, disseram que não tiveram tempo, outros disseram que não tinham entendido que era para ler e responder e outros não leram, por não terem participado da 1ª oficina. Então falei que todas as orientações foram dadas na 1ª oficina, sobre as atividade à distância e presenciais, foi entregue uma xerox para cada um destas orientações. Alguns disseram que não leram e outros perderam. Tive que ler novamente para eles e entreguei algumas cópias do encontro passado.

Como eles não haviam lido, e eu já tinha pensado nesta possibilidade, preparei alguns slides com partes relevantes das unidades fui fazendo algumas perguntas como: Qual tema motivador que trabalha o TP? O que eles entenderam por competência sociocomunicativa? O que são os gêneros? Como fazer para identificar os gêneros? Como trabalhar os gêneros em sala de aula? O que era a intergenericidade? O que é um texto multimodal? Como trabalhar o texto literário e o não-literário?

Quanto ao tema “trabalho” alguns realizaram atividades com figuras do próprio TP. A professora Janete da escola Darcy Ribeiro, deu exemplo da sua turma de 8ª série, em que trabalhou com a turma em grupos, e cada grupo definia o que eles consideravam como trabalho. A professora constatou que boa parte dos grupos definiu trabalho apenas os que estão ligados a remuneração, uma aluna definiu apenas o trabalho dela, o de empregada doméstica e teve um grupo que se aproximou da idéia que trás o TP “qualquer atividade coordenada dirigida a um determinado fim”. A professora ainda não terminou atividade.

Neste momento apresentei outras figuras para os cursistas, perguntei como os alunos deles reagiriam diante dessas imagens, alguns professores disseram que a maioria de seus alunos consideraria apenas o que são remunerados, e que estejam ligadas ao esforço físico. Mostrei duas figuras de pessoas praticando esportes, perguntei o que os alunos deles diriam sobre elas? Alguns responderam que os esportes na maioria das vezes são considerados como lazer, as pessoas não consideram como trabalho, já o futebol, em particular, é considerado como trabalho, já que a mídia passa essa idéia.

Passamos a discutir o que eles entendiam por competência sociocomunicativa, ficaram calados, apresentei os slides com algumas definições do TP, e perguntei como fazer para desenvolver essa competência nos nossos alunos? Alguns responderam que deveriam fazer os alunos lerem vários tipos de textos, os alunos terem contato com a maior quantidade de textos possível e fazer atividades que os levem a percebam diferenças entre um texto e outro. Falei que essa competência não é só desenvolvida na escola, que os alunos, antes de chegarem à escola, vivem diariamente com os textos em seu cotidiano, ás vezes, eles não sabem classificar mais conhecem suas características e sabem até a sua utilidade.

Depois passamos a falar do trabalho com os gêneros na escola, neste momento perguntei como se dava o estudo de gêneros, o que era importante para os alunos aprenderem? Os cursistas falaram da importância de colocar os alunos em contado com textos, de incentivá-los ler e perceber a diferença entre os gêneros. Perguntei como eles fariam isso? Responderam que através de atividades que realmente chamassem atenção dos alunos e principalmente mostrasse a finalidade destes textos no dia-a-dia, porque era importante produzi-los. Neste momento falei para eles que era interessante eles trabalharem um gênero de cada vez principalmente nas 5ª e 6ª série, e depois poderiam ir ampliando e comparando com gêneros estudados.

Ainda sobre os gêneros perguntei a eles que características nos ajudam na classificação de um gênero de acordo com o TP? A sala novamente ficou calada, então lhes mostrei outro slide com algumas características do TP, como: a organização das informações no texto, a situação/finalidade que o texto é produzido, as práticas sociais, e o suporte em alguns casos. Reforcei que essas características são importantes, já que o gênero é uma unidade sociocomunicativa, pois tudo que produzimos (oral ou escrito) é texto, assim produzimos vários tipos de gêneros. Neste momento retomei a dinâmica do envelope da linguagem em que tínhamos feito na oficina passada, falei para eles que alguns grupos classificaram como gêneros: a revista e o jornal. Perguntei o que achavam? Alguns responderam que não, que são suportes, que agregam vários gêneros. Disse que outro grupo havia classificado outros textos como: recibo, bula, manuais de instrução e certificados como gênero instrucional. Perguntei se existia esse gênero, ficaram calados, assim falei e mostrei o livro do Luiz Antônio Marcuschi “Produção textual, análise de gêneros e compreensão” que discuti sobre os gêneros (orais e escritos), tipos textuais e sobre o domínio discursivos (apresentei definição dada por Marcuschi em slides), entreguei a eles uma xerox sobre o assunto. Pedi para eles lerem que aprofundaríamos a discussão na próxima oficina principalmente sobre os tipos textuais. Percebi que nessa discussão eles ficaram inquietos. A professora Marlene encerrou a discussão dizendo que, mais importante que classificar os gêneros, é fazer os nossos alunos entenderam que tudo que produzimos é textos.

Continuamos discutindo sobre os gêneros, pedi para abrirem o TP na página 20 e perguntei em qual dos dois textos dessa página a imagem pode ser dispensada. Eles responderam prontamente que a da receita (texto 2), o outro texto (3) se tirasse afigura perderia o sentido. Alguns falaram que o texto era composto por linguagem mista (verbal e não-verbal). Perguntei se eles já ouviram falar em texto multimodal, todos disseram que não. Então falei para eles que o texto 3 era um exemplo desse tipo de texto, apresentei um slide com a definição de acordo com o livro: “ Reflexões sobre a língua portuguesa: uma abordagem multimodal” da autora Josenia Antunes Vieira. Eles acharam interessante, alguns falaram que nunca ouviram ou leram sobre, gostaram da informação.

Em seguida perguntei o que eles entendiam por intergenericidade? Nenhum dos cursistas conhecia a palavra, mostrei outro slide com a definição (de acordo com Marcuschi, p. 163) eles começaram a citar outros exemplos de textos, o professor Aurismar da escola Deuzuita Melo de Albuquerque, perguntou se as músicas de Renato Russo que fazem referência a passagens bíblicas e versos do poema de Camões é uma intergenericida? Disse a ele que não, que neste caso ele apenas faz uma intertextualidade. Apresentei em slides outro texto “VIDE BULA” tirada do livro da Ingedore Koch “A inter-ação pela linguagem”, que tem a estrutura de uma bula de remédio, porém é uma propaganda de uma marca de roupa.

Terminamos a discussão da unidade 9 fomos para o intervalo de quinze minutos, quero deixar registrado que não teve lanche para os professores, contrariando o que tínhamos acordado com senhor Raimundo Nonato, que ficou de arrumar. As turmas que ficaram no prédio da UEPA, não tiveram nem copo para tomar água, ouve reclamação geral (ler avaliação por escrito do encontro)

No retorno fomos para unidade 10, perguntei se alguém havia destacado algum ponto da unidade, não leram, então fui pontuando no próprio TP, pedi para abrirem e lerem na página 60 abaixo do primeiro “importante”, depois da leitura chamei atenção para: “...na linguagem literária, tão importante quanto o dizer é o como dizer. Por isso, forma e conteúdo são inseparáveis”. Depois que lemos um professor ressaltou que uma das maiores características que define bem o texto literário, é a própria linguagem, que apresenta um certo trabalho com as palavras. Pedi para eles voltarem uma página (59) e lerem o texto “Lavadeiras de Moçoró” e observarem como o autor do poema “Carlos Drummond de Andrade” explora as palavras, a forma como mostra a relação das lavadeiras com as pedras. E principalmente como é trabalhado o texto literário.

Em seguida apenas citei que mais a frente (páginas 62 e 63) apresenta um texto para exemplificar as características de um texto não-literário, e que eles lessem e que no próximo encontro, poderíamos retomar a discussão caso eles achem necessário, e que está discussão só está começando, a discussão ainda vai durar outros encontros. Aproveitei para falar novamente do suporte, que em certos casos, dependendo da finalidade do texto, o suporte pode mudar o gênero, o exemplo dado pelo TP do gênero científico e de divulgação cientifica, dei outro exemplo do livro do Marcuschi (página 174), de um simples bilhete que colocado sobre a mesa pode ser um bilhete, se enviado por correio passaria a ser um telegrama ou se passado por uma secretaria eletrônica seria um recado.

Ainda sobre os textos literários, foi falado do conceito de belo, o que realmente seria belo, que a questão da emoção e do prazer fica muito fechada, que a autora não discutiu bem esses conceitos, pois nem sempre a literatura causa prazer, há casos que causa repulsa e que a bibliografia que tem no TP não contempla. Pedi para eles abrirem o TP na página 75, e perguntei como eles veem essa forma que a autora do TP chama de gênero poético? Alguns colocaram que acha melhor chamar de gênero poema. Então eu perguntei o poético seria o quê? Responderam que mais uma qualidade do texto literário. Outro disse que é muito difícil conceituar esses termos, pois como diz no TP a literatura depende muito da época em que é produzida, pois o que já ouvimos falar foi da função poética e não do gênero poético.

Assim, terminamos a discussão das duas unidades, não deu para cumprir com que estava na pauta, pois só deu para fazer a primeira parte da oficina, pedi para eles olharem na pauta a observação feita quanto ao tempo solicitado para os cursistas estudarem na escola, falei da reunião que a equipe de português e teve com o diretor de ensino Orlando Lima de Moraes, e o mesmo falou que antes da construção do Plano Municipal de Educação não seria possível, mas que até o final do ano será resolvido à questão da carga horária para o professor estudar e planejar dentro da carga horária.

A segunda parte da oficina (Relato de experiência) ficou para tarde e como os professores não concluíram as atividades ou não terminaram o relatório não fizemos a exposição dos trabalhos para apreciação dos outros professores.

A parte da tarde teve início às 14 horas e 15 quinze minutos, com os relatos de experiências A professora Janete da Escola Darcy Ribeiro iniciou o relato, como ela falou anteriormente que primeiro trabalhou com as imagens para verificar qual era a concepção de trabalho que seus alunos têm, ela dividiu a turma em grupo e um representante do grupo escrevia no quadro a definição de trabalho que o grupo chegou. A professora fez o avançando na prática da página 31 com seus alunos da 8ª série, nesta atividade participou apenas 31 alunos, ela leu algumas definições do grupo.

Depois a professora Luzia da Escola Heloisa de Souza Castro falou que realizou o avançando na prática da página 41 com 42 alunos, e que todos os seus alunos participarão da atividade, ela também não terminou a atividade e o relatório.

A professora Cristiane da Escola Artur Guerra trabalho o avançado na prática da página 25 com seus alunos da 7ª série, primeiro ela xerocou a biografia de Carlos Drummond de Andrade, levou para seus alunos lerem, e seguiu segundo a professora os seus alunos tiveram dificuldade em fazer o texto em terceira pessoa, ela ainda não terminou a atividade, vai levar mais textos para seus alunos, quando concluir a atividade ela entregará o relatório.

Outra professora que trabalha com alunos do turno da noite, também fez seu relato, (esqueci de anotar nome dela), assim como a turma da professora Cristiane, a turma dela teve dificuldade em fazer o texto em terceira pessoa, ela ainda não terminou a atividade, e disse que vai pedir para eles fazerem a biografia de outra pessoa para ver se eles conseguem perceber a diferença entre a primeira pessoa e a terceira.

A professora Edina da Escola Deuzuita Melo de Albuquerque, disse que realizou o avançando da página 85 com seus alunos de 6ª série, porém antes de passar para atividade em si, trabalhou com as figuras para ver a concepção de trabalho de seus alunos, trabalhou as características do cordel, e só depois passou para o avançando na prática, trabalhou com grupos, e percebeu que alguns alunos tiveram dificuldade em fazer a interpretação do cordel. A professora não terminou a atividade com seus alunos, e depois vai postar o relatório no seu blog, que ela já criou e me passou o endereço.

Ao término das exposições, falei a eles que iria dar mais um tempo para eles terminarem as atividades e o relatório até a próxima formação, quem terminar antes pode me procurar na secretaria de educação e me entregar.

Passamos a apreciação das avaliações diagnósticas de entrada do Gestar II, formamos grupos de cinco pessoas, dois grupos de cada série, totalizando 8 grupos. Deixei claro para os grupos que os professores que optarem em aplicar a prova em suas turmas, a secretaria de educação vai arcar com as cópias das provas. Expliquei também, que estas avaliações é um instrumento para o professor usar, e ajudá-lo a conhecer melhor os seus alunos, e conseqüentemente ajudá-lo a melhorar sua prática, não é algo obrigatório, porém pedi aos que trabalham com as 8 ª séries, que apliquem em todas as turmas, já que este ano vamos ter a prova Brasil, e as 8ª séries irão ser avaliadas, e é interessante que nós tenhamos uma avaliação desta nossas turma, e que esses dados serão importantes também para a secretária de educação.

Logo após a apreciação das avaliações passamos para a terceira parte da oficina, permaneceram os mesmos grupos, expliquei aos grupos que o texto “Poema tirado de uma notícia de jornal” de Manuel Bandeira foi substituído por “Tragédia Brasileira” do mesmo autor. Pedi para lerem as orientações da pauta e abrirem o TP nas páginas 191, 192 e 193, em seguida expliquei que cada grupo escolheria um dos textos para planejar atividades - de leitura e produção de textos visando à análise, caracterização dos gêneros textuais que esses exemplos realizam – levando em considera a realidade de seus alunos e a série que trabalham.

Ao término da elaboração das atividades os professores escolheram um relator e compartilharam com os outros a atividade construída pelo grupo, apenas um grupo escolheu a música “Bom dia” um grupo resolveu ficar com o “Poema tirado de jornal” e o restante dos grupos ficaram com o texto “Tragédia Brasileira”. Alguns grupos não elaboraram as questões, apenas escreveram a metodologia de como vão fazer em sala, como se fosse um passo a passo, então disse a eles tinham que preparar a atividade como se fosse para trabalhar na sala de aula, como se fossem fazer as perguntas pra os alunos. Então alguns reclamarão que o tempo, que foi pouco, disse que não, pois tiveram 1 hora e 30 minutos, mesmo não tendo cumprido com o horário da pauta, deixei boa parte do tempo para essa parte da oficina. Porém outros grupos conseguiram elaborar as atividades e tentaram abordar o que lhes foi pedido. Percebi que alguns ainda têm dificuldade de fazer a transposição didática de um dado texto.

Os grupos que ficaram com o texto “tragédia Brasileira” tiverem dificuldade de identificar o gênero deste texto, alguns achavam que eram uma crônica, outros um conto e aqueles que classificaram apenas como texto narrativo, quando disse a eles que era um texto poema em prosa. Muitos questionaram quanto à poeticidade do texto. Outros questionaram que a única característica que poderia dar pista era o suporte, pois o texto foi publicado em livro de poemas, outro professor colocou que a poeticidade estaria na própria tragédia, de se matar por amor, outros colocaram que seria difícil trabalhar com seus alunos este tipo de texto, teria de dificuldade de dizer para seus alunos que era um texto poema em prosa. Falei a eles que no caso desse gênero existe análise feita por alguns estudiosos da área de literatura, que ajuda a entender a mistura das características da poética e da prosa, dessa forma, tem-se que estudar o período que esse tipo de poema foi criado, para se entender as suas características. E que na próxima oficina poderíamos dar alguma bibliografia.

Ao terminarmos a terceira parte, pedi para os grupos fazerem uma avaliação da oficina, e alguns professores falaram que iriam colocar na avaliação quanto à estrutura do local de formação, falei que tudo bem. Reclamaram da sala muito quente principalmente no período da tarde, não tinha copos para tomar água, e nem um lanche como já foi citado anteriormente, agora quanto à oficina, os participantes gostaram dos conteúdos em discussão, das atividades, voltaram a falar do tempo, que atrapalhou na realização dos estudos à distância e da entrega das atividades (relatório)

Alguns das avaliações feitas pelo cursistas da oficina:

Vamos começar falando e reivindicando algumas pontos para que se torne confortável, agradável e conseqüentemente mais produtivo os nossos estudos:

  • Água fresca e potável, copos descartáveis;
  • Local de fato climatizado, que caiba todos os cursistas;
  • Local fixo e de fácil acesso;
  • Um cafezinho também caia bem.

Olha a gripe H1N1

Quanto à formadora sua metodologia, atenção vai tudo muito bem.

Grupo: Lila Léa, Marlene Chavito, Josina Reis, Leonilsda Neres, e Orieta Maia.

As discussões e orientações levantadas pela coordenadora foram proveitosas, porque esclareram as dúvidas sobre os gêneros textuais e literários. E também porque houve uma troca recíproca de conhecimento entre professores e formadores, relevantes para o nosso desenvolvimento profissional e pessoal.

Obs: No entanto para que haja melhor produtividade é necessário que tenhamos um ambiente agradável, que ofereça conforto e condições adequadas ao “educador”. (Grupo: Janete, Apoliana e Ione).

As discussões foram proveitosas e contribuíram muito para esclarecer dúvidas que permaneceram após a leitura do material (TP3). A metodologia foi adequada e o suporte bibliográfico eficiente. O trabalho em equipe, realizado no final do encontro trouxe ótimas sugestões de trabalho para enriquecer nossa prática. (Maria do Livramento).

Estas foram algumas das avaliações dos grupos, no final disse a eles que era necessária a leitura das unidades, para poderem fazer uma análise do material, e principalmente podermos discutir quanto aos conteúdos, fica muito difícil a realização do programa apenas com a minha leitura. Pedi para lerem os encaminhamentos na pauta para a próxima oficina que será no dia 29 de setembro de 2009.

Marabá, 03 de setembro de 2009

Formadora: Seane Oliveira Xavier

Gestar II - Língua Portuguesa

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