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Relatório TP5 Oficina 09

Relatório do TP-5 oficina 09

Formadora: Seane Oliveira Xavier

Disciplina: Língua Portuguesa

Pólo Cidade Nova

Data: 10/02/2010

No dia 10 de fevereiro de 2010, retornamos com as oficinas do Gestar II de Língua Portuguesa. Realizamos a oficina de número 9 do TP5, (Estilo, Coerência e coesão), unidades 17 e 18, na sala da UaB (Universidade Aberta do Brasil), iniciamos as oito horas e vinte minutos da manhã, com a participação de 39 cursistas pela manhã e 42 no período da tarde (professores e alguns coordenadores) das escolas: Prof°. Darcy Ribeiro, Irmã Theodora, Acy Barros, Dr. Geraldo Mendes de Castro Veloso, Raimundo José de Sousa, Heloisa de Souza Castro, Josineide da Silva Tavares, Paulo Freire, Artur Guerra Guimarães, Deuzuita Melo de Albuquerque, Anísio Teixeira e São Francisco.

Iniciamos com a entrega dos calendários de formação de 2010 e com as orientações referente à Olimpíada de Língua Portuguesa, em seguida entreguei a pauta e fizemos a leitura. Depois da leitura da pauta entreguei cópias do texto de Christiane Gribel “Minhas férias, pula uma linha, parágrafo”. Ao término da leitura do texto abri um pequeno espaço para os comentários sobre a leitura. As discussões no geral foram em torno da postura do professor diante do texto do aluno, da forma como os textos são corrigidos, que muitos professores não valorizam o que o aluno escreve e como o aluno se sente diante do professor e da produção de texto.

Em seguida passamos para a primeira parte da oficina, a socialização dos estudos das unidades 17 e 18 do TP5. No momento perguntei se eles conseguiram ler e responder as atividades, todos disseram que leram partes, e novamente voltaram a falar da questão do tempo, que enquanto não tiverem tempo para realizar as atividades na escola ficará difícil cumprir com as atividades do Gestar II. Falaram também da questão da valorização do professor, como o município oferece uma formação em que a única coisa que se tem garantido é a formação profissional, e que não se tem nenhum retorno financeiro. Depois que ouvi boa parte dos desabafos, disse a eles que o nosso coordenador do departamento, Edson Rodrigues dos Anjos, iria passa na parte da tarde para conversar com a turma e que alguns desses pontos poderiam ser discutidos com ele. Disse também e que concordava com eles quanto ao tempo, e que era o mínimo que se poderia ter para realização do programa.

Finalizei a discussão e passei ao conteúdo das unidades, apresentei alguns slides com pontos importantes. Primeiro perguntei para eles o que entendiam por estilo? Alguns disseram que as pessoas têm estilo de se vestir, de falar, de viver, é o modo de cada pessoa ser. Após as falas apresentei alguns slides com algumas definições do TP, e outra do livro de Sírio Possenti “Discurso, Estilo e Subjetividade”. Chamei atenção para algumas das atividades importantes, os aconselhei que lessem quando tivessem um tempo. Depois passamos a falar da coerência textual, discutimos a coerência na inter-relação entre textos verbais e não verbais, do conhecimento de mundo do leitor, das pistas lingüísticas deixadas no texto, da situação de comunicação, fatores estes que ajudam a estabelecer a coerência em um texto.

Na minha explanação deixei claro nas discussões que a coerência não depende apenas de fatores lingüísticos, mas da situação de comunicação entre os interlocutores, da experiência de vida de cada um (experiência de mundo, leitura de textos diversos). Alguns professores relataram a dificuldade de trabalhar a interpretação de textos com os alunos, devido à falta de leitura dos alunos, lembrei os dos nossos estudos do TP4, que discutimos muito sobre a leitura e a produção de textos, e que nós temos que ajudar o nosso aluno a ler, temos que oferecer textos variados para tentar despertar o interesse pela leitura, já que a maioria dos nossos alunos não tem incentivo em casa.

Novamente chamei atenção para as atividades da unidade e finalizamos as discussões com uma atividade sugerida no avançando na prática da página 105, formamos 5 grupos, cada grupo recebeu uma história em quadrinho recortada, para ser montada numa seqüência que tivesse coerência. Depois da montagem cada grupo apresentou sua história, em seguida apresentava em slide a história original, dos cinco grupos apenas 2 grupos conseguiu montar na seqüência original do texto, as outras três mesmo não ficando na ordem do texto original ficaram coerentes.

Às dez horas fomos para o intervalo de quinze minutos. Depois do intervalo passamos para a segunda parte da oficina “a troca de experiências”, a única escola que apresentou foi a escola Irmã Theodora, os professores dessa escola têm se destacado nos nossos encontros mensais, sempre apresentam suas atividades, nos relatos mostram que os professores de língua portuguesa estão sempre discutindo juntos as atividades a serem realizadas na escola e têm o apoio da coordenação e direção.

O avançando realizado pelos professores da escola Irmã Theodoro foi o da página 40, todos os professores levaram o texto “Palavras” para seus alunos, fizeram a leitura e discutiram com os eles. Cada professor realizou atividade de acordo com as séries que trabalham. Com as 5ª séries eles trabalharam com imagens, os alunos pensavam na palavra e desenhava o seu significado, nas 6ª séries os alunos falavam a palavra e em seguida o que vinha em suas cabeças, nas 7ª séries eles escreviam o que sentiam ao ouvi cada palavra. De acordo com os professores os alunos gostaram muito da atividade, conseguiram envolver as turmas.

Depois da apresentação da escola, eu falei aos professores que tenho percebido nos encontros que são sempre as mesmas escolas que estão apresentando os avançando na prática, então propus a eles o seguinte, que a cada encontro ficaria já definido as escolas a se apresentar. Assim ficou combinado que no próximo encontro que as escolas Deuzuita Melo de Albuquerque e Darcy Ribeiro farão seus relatos.

Após os relatos pedi que me entregassem os relatórios e os planos de aulas que eles ficaram de fazer no planejamento do início do ano, recebi poucos relatórios e apenas um plano de aula, o da escola Irmã Theodora e o da professora Sônia da escola Josineide da Silva Tavares, que me enviou por email. Os outros professores ficaram de me entregar no decorrer da semana.

No período da tarde retornamos às quatorze horas e quinze minutos, com a terceira parte da oficina, pedi para eles abrirem a página 254 do TP e li junto com eles as instruções. Em seguida formaram os grupos com quatro componentes e começaram as atividades. Às quinze horas e vinte minutos começamos a socialização, em que cada grupo escolheu um relator para ler a análise feita do texto. Veja abaixo o resumo de cada grupo:

Segundo Koch para que haja coerência textual se faz necessário articular os conhecimentos trazidos no texto com o conhecimento de mundo do seu leitor.

As cores representam a bandeira:

v A empresa é brasileira e, portanto é comprometida com a política brasileira;

v Nas imagens vimos uma tentativa de transpor as cores citadas no título;

v Pode-se interpretar as cores como o verde das matas (questão ambiental), o amarelo das riquezas (na soja e na criança), o azul (tecnologia e desenvolvimento), o branco da paz (desenvolvimento sustentável) sem atingir a natureza.

A interpretação das imagens não condiz com a realidade, ela é construída a partir dos objetivos da empresa (promover sua imagem).

Tudo o que é dito no texto escrito (verbal) é também mostrado nas imagens. O texto e a imagem conversam entre si. Como a intenção do texto é mostrar o compromisso social da empresa, portanto a imagem que ganha maior destaque é o da natureza.

Grupo: Laura, Nilva, Quélvia e Ivaneide.

O texto possui coerência textual, articulando, a linguagem verbal com a não verbal.

Fala de uma empresa que gera energia elétrica, e a principio tenta mostrar a sua preocupação com nosso país, fazendo diversos tipos de investimento, entre eles:

v Política ambiental – linguagem não verbal (investimento em tecnologia) prevenção da natureza, associada a melhor qualidade de vida;

v Responsabilidade social – linguagem não verbal (crianças estudando);

v Desenvolvimento sustentável – linguagem não verbal (plantação, colheita de soja)

v Para enfatizar que a empresa é cada vez mais nacional, usa-se no titulo publicitário as cores verdes, amarelo, azul e branco que são as cores da bandeira nacional;

v Existe uma inter-relação com as imagens e os conhecimentos prévios aliados ao texto verbal. Ex: FURNAS ... verde, amarelo, azul e branco cores simbólicas para o Brasil.

Grupo: Solange, Cristiane, Evaldo, Vanderleia.

A coerência textual: relação de sentidos entre linguagem verbal e não-verbal.

A coerência textual depende dos conhecimentos prévios do leitor. Exemplo: é necessário que o leitor saiba distinguir entre um ambiente conservado e um degradado; para compreender a mensagem do título é importante que o leitor faça a ligação entre as cores citadas e as cores da bandeira do Brasil, assim fará a associação da empresa com o panorama brasileiro. Além disso, as cores citadas estão presentes em todas as imagens, deixando então a linguagem visual como extensão da linguagem verbal.

Também é possível perceber que tanto a linguagem verbal quanto a não-verbal fazem referencia a preservação ambiental, ao uso da tecnologia e a responsabilidade social.

Notamos ainda que os textos visuais só apresentem coerência a partir da leitura dos textos verbais. Logo, concluímos que a compreensão da linguagem não-verbal neste contexto, só é possível se acompanhada do texto verbal.

Grupo: Mônica Renata, Janete, Maria do Livramento, Marisilda Maurício e Maria Deuzuita.

O texto está coerente com a linguagem verbal e não-verbal, pois o discurso da FURNAS é criar uma boa imagem da empresa para persuadir o leitor, só que por trás dessa ideologia, repassada pela propaganda está uma outra realidade.

Um leitor que não conhece o funcionamento de uma hidrelétrica irá acreditar nesse discurso, pois até as imagens reforçam uma possível defesa ambiental e nos reporta para uma questão do desenvolvimento social e tecnológico.

Grupo: Edina, Valkyria, Osivâ nia, Isabel, Aurismar e Lucimar.

Verifica-se no texto, pelos conhecimentos prévios do leitor sobre o assunto em questão, que as informações contidas no texto, não condizem com o histórico de empresas que se beneficiam do meio ambiente de maneira degradante, como é o caso das usinas hidrelétricas.

Relação verbal e não-verbal- verifica-se coerência entre as imagens e o texto, pois ambas comungam da mesma idéia. Essa coerência, se da pela associação da imagem do meio ambiente, das práticas sociais, do desenvolvimento sustentável. As cores também contribuem para construção de sentido, pois condiz com o titulo da propaganda. Assim, tanto a linguagem verbal quanto a não-verbal, reforçam a idéia de uma empresa preocupação com o Brasil. (as cores do titulo estão em destaque, as imagens, as cores da bandeira do Brasil predominam).

Grupo: Edlene, Sônia Cristina, Cláudio e Apoliana.

O anúncio publicitário faz uma relação entre o desenvolvimento sustentável e o meio ambiente.

Sabemos que a FURNAS é uma das maiores geradores de energia do Brasil, daí a relação entre as cores verde, amarela, azul e branco e a sustentabilidade com responsabilidade social para o nosso país (Brasil). Observando o texto por outro lado, podemos perceber que a maneira de sustentabilidade fica implícita no texto, uma vez que em momento algum se fala como se dará esta sustentabilidade, ou seja, se é auto-sustentável, como ocorrerá essa projeção do projeto de responsabilidade social. Como será? A maneira? A metodologia? O cronograma?

Desta forma percebe-se presente na linguagem verbal, na visual e no conhecimento prévio uma incoerência.

Grupo: Marciano, Maria Rosivam e Karina.

De acordo com as informações do texto observamos que as imagens estão realmente associadas com a linguagem verbal.

A coerência apresenta quando a linguagem verbal se associa a linguagem visual a partir do momento em que a propaganda dá a entender que a empresa investe no meio ambiente, na tecnologia, na educação e na agricultura.

Na primeira parte do texto, por se tratar de uma propaganda, o autor utiliza de vários recursos visuais chamativos, voltada para o apelo patriótico, em que as cores da bandeira são colocados de forma a fazer associação com o que a empresa propõe ressaltando as belezas do Brasil.

Porém, se observarmos mais atentamente percebemos que o texto escrito não é tão atraente quando as imagens, o que favorece o não interesse do leitor e automaticamente a não levá-lo a fazer uma reflexão sobre o verdadeiro propósito da empresa.

Grupo: Ednalva, Ivonete, João, Fátima e Maria Luisa.

FURNAS, como uma Empresa geradora de energia e preocupada com o meio ambiente desenvolve projetos sociais que enfatizam o verde, amarelo, azul e branco, cores representativas do Brasil e suas riquezas.

No texto publicitário em análise há coerência entre o verbal e o visual da seguinte forma:

v O verde – as matas (meio ambiente);

v O amarelo – os grãos (sustentabilidade);

v A criança (futuro do Brasil);

v O azul – a tecnologia (desenvolvimento);

v O branco – garças (harmonia/paz).

O título em destaque: FURNAS, uma Empresa cada vez mais verde, amarelo, azul e branco remete – nos à idéia de que FURNAS preocupa-se com a sustentabilidade ambiental do país.

Grupo: Tânia, Josina, Lila, Lucelia, Domingas, Patricia, Maria de Jesus, gracinete e Andréa.

Todos os grupos disseram que há coerência entre as imagens e o texto verbal, e no momento da apresentação os grupos sempre falavam da questão do que estava sendo dito no texto e do que realmente é feito pela a empresa, que não havia coerência entre o dito e o realizado de fato, disse a eles que a proposta da atividade é avaliar a construção do texto e sua linguagem, mas que eram validas as colocações deles, pois vocês são leitores críticos e que é natural se fazer críticas a determinadas leituras. Outra observação importante foi a da coordenadora Vanderleia quanto á imagem da natureza que é a maior imagem e se destaca mais, chamando a atenção para o que a empresa quer deixa claro, que ela extrai da natureza sua matéria prima, mas que “repõe” de alguma maneira. Como podemos observar nos resumos todos os grupos analisaram cada imagem (cores, significado da imagem, relação com o país, questões sociais e ambientais..) e sua relação com o texto verbal.

Após a socialização passamos a falar do projeto a ser realizado por cada cursista ou por cada escola, peguei o guia geral do programa e li nas páginas 51 e 52 as orientações do projeto para lembrá-los do que fazer. Disse que havia trazido algumas cópias dos projetos Escola que Vale para eles avaliarem, deixei claro que estes projetos são direcionados para o 2° ciclo do ensino fundamental, e que para o nosso seguimento as atividades ali propostas teriam que está mais aprofundadas e bem direcionadas. Falei também que nós já temos algumas datas para as visitas às escolas e que nestas visitas eu iria orientar melhor. Avisei de uma oficina que a equipe de língua portuguesa irá preparar para discutir melhor sobre projetos, e que este momento é para eles pensarem nos problemas detectados no diagnóstico que foi realizado na escola e construírem um projeto que os ajude sanar os problemas encontrados.

Ao término das orientações sobre os projetos o nosso coordenador entrou na sala para se apresentar e conversar com os cursistas. Neste momento o professor Edson se apresentou, falou de como assumiu o departamento, dos problemas que ele já estava resolvendo e ouviu atentamente a todos. Um dos questionamentos dos cursistas foi quanto ao tempo que não se tem para realização das atividades, o professor Edson disse que a secretaria já está vendo uma forma de garanti um tempo para o professor na escola, e que está sendo discutido no PCCR. A professora Walkyria Milhomem, disse que não se sentia motivada em fazer as atividades do Gestar II, já que não tem nenhum incentivo financeiro, então citou uma formação do Estado, que ela freqüenta, em que o professor receberá uma gratificação ao término da formação e que ela por algumas vezes teve de escolher entre a formação do Estado e a do Município, escolhendo a do Estado mesmo não sendo na sua área. Neste caso, o coordenador falou que essas coisas terão de ser discutidas com a secretaria.

Foi falado também das faltas no programa de alguns professores que trabalham no estado, em escola particular ou estavam no seu dia de folga. O professor Edson informou que ele mandou apenas as faltas do programa, e que cada escola tem que informar através de oficio as particularidades de cada professor. Neste momento pedi para falar e deixei claro que este tipo de falta não será abonada no programa, o professor não pega falta no DRH, mas terá sua falta no programa, e como ficou acordado desde o início do Gestar II que só justifica falta com atestado médico, e mediante um trabalho realizado pelo cursista e entregue ao formador.

Depois da conversa com o coordenador do departamento, passaram para a leitura e avaliação dos projetos, ficamos apenas na leitura, não deu para socializarmos as avaliações feitas pelos grupos, pois o tempo já estava avançado, não deu para fazer nem avaliação da oficina, assim pedi para os professores reservarem um tempo na escola junto com o coordenador para começarem a rascunhar o projeto, pois em outro momento vamos abri um espaço para cada escola apresenta o espoco da seu projeto.

Finalizei às dezessete horas e quarenta minutos, já que é quase impossível ficar até as dezoito horas, porque muitos dos nossos professores trabalham no turno da noite.

Marabá, 23 de fevereiro de 2010

Formadora: Seane Oliveira Xavier

Gestar II – Língua Portuguesa

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